Preocupação com a saúde financeira faz equipes do NBB adotarem medidas mais conservadoras
Na noite de ontem, o UOL noticiou que o basquete do Corinthians seria interrompido após o presidente Andrés Sanchez falar para a Corinthians TV que não renovaria com os atletas.
“O único que vamos interromper é o basquete. Todos os contratos acabam agora em maio. O NBB disse que não vai ter campeonato este ano. Então, infelizmente, não vamos poder renovar. Cortando salário de um e de outro. Não vou renovar um contrato de um campeonato que não vem pela frente. Agora o resto vai continuar”.
Antes do posicionamento da equipe do parque São Jorge, já tínhamos visto o Bauru anunciar a sua saída do NBB relatando que o lado financeiro foi um dos motivos da decisão e o Pinheiros informando aos seus atletas sobre a não renovação dos contratos antes da temporada acabar. Vale ressaltar que no último caso, o que mais chamou a atenção foi a forma do anuncio dessa não renovação dos jogadores.
Mas voltando a falar do caso do Timão, não vejo com anormalidade esse posicionamento. Sei que muitos torcedores ficaram preocupados com a possibilidade do time acabar e até esse movimento “incentivar” outros dirigentes tomarem decisões definitivas, mas não acho que seja para tanto. Pelo menos, por enquanto.
É difícil confiar em dirigentes e políticos que vivem principalmente em clubes de futebol, mas precisamos ver essas decisões de forma racional.
A maioria das equipes que jogam o NBB, não possuem uma renda fixa como vendas de camisas e planos de sócio-torcedor. Algo que já debatemos aqui no blog.
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Então, os times vivem basicamente de patrocinadores e repasses através da Lei de Incentivo ao Esporte. O que nesse momento de pandemia, são setores que estão sendo afetados diretamente.
Interromper as atividades nesse momento, é justificável ao meu ver. Mesmo sendo conservador, é uma forma eficaz a curto prazo de não aumentar os gastos com salários e possíveis renovações. Claro, que estamos falando de situações que fazem sentido tomar esse tipo de decisão.
O que não pode acontecer e provavelmente veremos com o passar das semanas, são clubes aproveitando esse período para demitir pessoas ou buscando renegociar salários sem uma real necessidade.
Porém, a palavra do momento segue sendo saúde. Seja ela física ou financeira. E nos resta esperar para ver como os clubes vão se posicionar.
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Felipe Souza Ver tudo
Sou o criador do site HSBasketballBR, Blog do Souza e fui co-criador do Live College BR. Fui o primeiro brasileiro a escrever sobre high school para um site americano, o D1Vision. Trabalhei para a Liga Super Basketball como repórter e assessor de imprensa. Também escrevi para os blogs como Jumper Brasil e TimeOut Brasil, tive textos publicados pelo Bala Na Cesta. Trabalho de Scout nas horas vagas e acredito que o estudo diário do basquete, me faz um profissional melhor.