Como a ida do Jalen Green para a G-League poderia finalmente forçar a NCAA a mudar a sua dinâmica?
Jalen Green, de Merced (Califórnia), é o melhor prospecto da classe de 2021. Ele também é o recruta número 1 da classe segundo o ranking da ESPN. Ele tem um recorde de 19-0 em jogos internacionais, com atuações dominantes contra armadores talentosos como Killian Hayes e Théo Maledon em seu currículo.
E para completar, ele anunciou que está ignorando a faculdade e entrando na NBA G-League.
Ele também não está sozinho. Um dia depois que Green tornou pública sua decisão, Isaiah Todd, um ala de 2.05m ranqueado entre o top 100 da da classe de 2020, anunciou que também está indo para a G-League. Anteriormente comprometido com o Michigan, Todd teve média de 17,9 pontos e 8,3 rebotes em 16 jogos no circuito Nike Elite Youth Basketball de 2019.
Mais recentemente, outro atleta retirou o seu comprometimento de uma universidade e decidiu ir para a G-League. Agora foi o caso do armador Daishen Nix da Trinity International School.
Uma coisa é certa, se alguma universidade conseguisse qualquer um dos três prospectos, aumentaria exponencialmente a chance de disputar o título da NCAA. Porém isso não vai mais acontecer.
As decisões de Green, Todd e Nix, sinalizam uma mudança na dinâmica entre a NBA e a NCAA. Onde o circuito profissional já foi plano B e agora está posicionado para ser o maior concorrente de talento do basquete universitário. Essa movimentação também nos mostra que a NCAA demora muito para entender a mudança dessa dinâmica e que os principais jogadores não estão mais dispostos a jogar em seu modelo atual.
Além disso, devemos lembrar um ponto importante nesse debate: muitos desses garotos vem de família humilde e a chance de sair do high school, passar pela universidade e chegar a NBA, é de no MÁXIMO 3%. Essa situação aliada a outros pontos que veremos a seguir, vais nos ajudar a entender o motivos dessas decisões.
Talvez agir como se os programas da NCAA não tivessem fins lucrativos e não possam pagar jogadores, não seja mais viável no mundo atual. Porém, os jogadores agora têm o poder de mudar essa dinâmica. A NCAA pode continuar a explorar atletas. Apenas não terá acesso aos melhores.
O americano tem um apego sentimental ao esporte universitário e achamos que o ensino superior é bom para esses jovens. Mas a autonomia também.
Nunca fez sentido para mim que você tem idade suficiente para votar ou entrar em uma guerra, mas não tem idade suficiente para ser pago para jogar basquete em ginásios lotados.
Atualmente Adam Silver está oferecendo uma alternativa – uma que paga. Está na hora da NCAA fazer a mesma coisa. Porque com mais e mais frequência, os jogadores estão decidindo que a melhor decisão é se tornar profissional.
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Felipe Souza Ver tudo
Sou o criador do site HSBasketballBR, Blog do Souza e fui co-criador do Live College BR. Fui o primeiro brasileiro a escrever sobre high school para um site americano, o D1Vision. Trabalhei para a Liga Super Basketball como repórter e assessor de imprensa. Também escrevi para os blogs como Jumper Brasil e TimeOut Brasil, tive textos publicados pelo Bala Na Cesta. Trabalho de Scout nas horas vagas e acredito que o estudo diário do basquete, me faz um profissional melhor.
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