JP Batista fala sobre o seu retorno a França: “O sentimento é que estou voltando pra casa”
A pós-temporada do NBB normalmente é bem agitada com as noticias de chegada e saída de jogadores dos clubes, e uma transferência chamou a atenção dos torcedores: a transferência do pivô JP Batista para o Le Mans Sarthe Basket da França.
Isso por que muitos jornalistas apontavam a transferência do pivô ex-Mogi para o Corinthians como certa. Essa movimentação acabou não acontecendo e o JP acabou acertando a sua ida para o time francês.
O interessante é que a história do pivô com o Le Mans não é de hoje. O jogador passou pelo clube de 2008 até 2014, e foi campeão da Copa da França em 2009. Nos seis anos no clube, maior tempo que o JP ficou em uma equipe, ele jogou 204 partidas e fez 2434 pontos. JP é adorado pela torcida do Le Mans e muitos jornalistas franceses dizem que ele tem um status de ídolo na cidade.
E para falar sobre o seu retorno a equipe francesa e o futuro da sua carreira, eu tive a oportunidade de conversar com o jogador recentemente. Confira a entrevista a seguir.
Felipe Souza – Como surgiu o convite do Le Mans para você voltar para o clube?
JP Batista – Eu sempre mantive contato com a diretoria do clube e vice-versa. Tudo meio que começou quando Le Mans iria disputar a final da copa da França e eu mandei uma mensagem para o diretor esportivo desejando boa sorte. A partir daí ele disse que estava acompanhado minha temporada e perguntou sobre meu futuro. Alguns meses depois Dounia Issa, ex jogador e que tinha jogado comigo lá, foi eleito o novo treinador da equipe. Como amigo o parabenizei e foi aí começamos a trocar mensagens e as coisas se amadureceram daí pra frente.
Felipe – Qual a sensação de voltar para um clube onde você tem uma grande história e é considerado um dos grandes ídolos?
JP – Confesso que é surreal. Eu só sai de lá em 2014 porque ouve uma troca de treinador e o que tinha chegado não quis me conservar. Então eu tive que sair. É um lugar muito especial pra mim e minha família. Onde passei metade da minha carreira profissional. O sentimento é que estou voltando pra casa.
Felipe – Como você avalia os anos que passou no Brasil? Você aprendeu algo com o basquete nacional que vai levar para lá?
JP – Acredito que a avaliação é positiva. Consegui manter uma consistência positiva nesse 4 anos e sem duvida aprendi muito. Cresci como jogador e como pessoa. Aprendi a jogar com mais intensidade e com mais emoção.
Felipe – Você é um dos pivôs mais experientes do Brasil e um dos mais eficientes, como se manter em alto nível por tanto tempo?
JP – Trabalhando. Aprendi a trabalhar sozinho na minha época nos Estados Unidos. Sou uma pessoa extremamente motivada e uso cada oportunidade que eu tenho para me aprimorar fisicamente e tecnicamente. Os resultados são apenas consequência de uma vida inteira trabalhando duro.
Felipe – Não sei de quanto tempo é o seu contrato, mas você pensa em aposentar por lá ou pretende voltar para o Brasil em um futuro próximo?
JP – Meu contrato e de um ano. Não tenho nenhuma intenção de me aposentar. Amo jogar basquete e quero continuar por mais uns anos. Pra mim seria um sonho terminar minha carreira em Le Mans.

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Felipe Souza Ver tudo
Sou o criador do site HSBasketballBR, Blog do Souza e fui co-criador do Live College BR. Fui o primeiro brasileiro a escrever sobre high school para um site americano, o D1Vision. Trabalhei para a Liga Super Basketball como repórter e assessor de imprensa. Também escrevi para os blogs como Jumper Brasil e TimeOut Brasil, tive textos publicados pelo Bala Na Cesta. Trabalho de Scout nas horas vagas e acredito que o estudo diário do basquete, me faz um profissional melhor.